.

.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Produção de Rainhas de Apis mellifera

A produção de rainhas traz vários benefícios para o apicultor, pois rainhas novas produzem mais ovos, tem maior controle sobre as operárias evitando a enxameação; facilita o aumento da quantidade de colônias dos apiários além de possibilitar uma outra fonte de renda que é o comércio de rainhas.

Existem duas maneiras de se produzir rainhas, que são a puxada natural e pela transferência de larvas. Para cada uma destas maneiras conhecem-se vários métodos.

Para se produzir pela maneira da puxada natural o apicultor precisa eliminar a rainha de uma colônia forte e aguardar para que as operárias construam as realeiras. A partir do nono dia o apicultor deve retirar as realeiras dos favos e transferi-las usando-se um protetor West para as colônias que estão necessitando da troca de rainhas.

O método artificial Doolittle tem-se mostrado como o método que possibilita a produção de grande quantidade de realeiras. Neste método o apicultor deve dispor de uma colônia recria, a qual abrigará a produção de rainhas em realeiras construídas a partir de cúpulas artificiais. Estas receberão larvas, com até o terceiro dia de vida larval, transferidas de um favo de uma colônia para as cúpulas usando-se uma agulha de transferência. As cúpulas podem ser de cera ou plástico e também de várias cores.

Para a obtenção de melhores resultados, o apicultor deve ter o cuidado de não machucar as larvas com a agulha, pois poderá matá-las ou prejudicar consideravelmente o seu desenvolvimento depois da transferência. Em seguida as cúpulas serão fixadas em um quadro porta cúpulas que será inserido em uma colmeia recria, com ou sem rainha.

Sem rainha, tem-se a maior possibilidade de aceitação das larvas transferidas, mas se o apicultor optar por não excluir a rainha, ele deverá usar uma tela excluidora para separar a rainha do quadro porta cúpulas. Com ou sem rainha, a recria tem que ser bastante populosa.

Para a manutenção da elevada população da recria sem rainha, o apicultor deverá usar outras colônias para fornecer favos de cria fechada e pólen. O apicultor pode ainda optar pelo uso de recrias menores como as mini-recrias, pois estas têm o manejo mais fácil em relação às outras e necessitam de um número menor de colônias apoio para a sua manutenção (SILVEIRA NETO, 2011).

Nove dias depois de introduzido o quadro porta cúpulas na recria, o apicultor deverá engaiolar as realeiras para que as rainhas já nasçam presas (Fig.1). O destino das rainhas o produtor é quem vai decidir.

Portanto, a produção de rainhas é fácil de ser obtida, bastando o apicultor seguir rigorosamente o cronograma de atividades e ter os devidos cuidados para obter índices adequados de aceitação das realeiras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CSMEL,  2013.  Ata  da  Reunião  Extraordinária  da  Câmara  Setorial  do  Mel  na  Secretaria  do  Desenvolvimento  Agrário (SDA),  em  7  de  janeiro de  2013.  Disponível  em:  <http://www.adece.ce.gov.br/phocadownload/Atas_Reuniao/mel/ata_reuniao_extraordinaria_2013-01-07.pdf>. Acessado em: 06/04/2013.
DOOLITTLE, G. M. Mr. G. M. Doolittle's queen rearing methods. American Bee Journal, v. 39, n. 28, p. 435-436, 1899.
TOFILSKI, A.; CZEKONSKA, K. Emergency queen rearing in honeybee colonies with brood of known age.  Apidologie, 35: 275 - 282p, 2004.
SILVEIRA NETO, A. B.  Avaliação de Quatro Métodos de Produção de Geleia Real e Rainhas de  Apis mellifera  no Estado do Ceará. Fortaleza - CE, 2011. 77 f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Ceará  – UFC. Aprovado em 04 de julho de 2011.

CONTATO COM GPAP: gpap_uva@hotmail.com
CONTATO COM JornApis: jornapis@gmail.com
Fonte: JornApis, n.7
Autor: João Paulo de Oliveira Muniz (E-mail: munizjp@gmail.com).
Fonte da imagem: http://www.youtube.com/watch?v=JLJFqRJCIh4 / Por: Raimundo Maciel

Nenhum comentário:

Postar um comentário