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domingo, 1 de setembro de 2013

A CRIAÇÃO DAS ABELHAS SEM FERRÃO NO NORDESTE BRASILEIRO
                                                                                                                       Fonte-imagem: meliponariodosertao.blogspot.com
As abelhas sem ferrão são bastante abundantes no Brasil. Entretanto, das supostas 300 espécies (Imperatriz-Fonseca et al.,2005),apenas algumas dezenas são criadas racionalmente (Cortopassi-Laurino, 2008). Na meliponicultura do nordeste brasileiro cria-se jandaíra (Melipona subnitida), uruçu (M.scutellaris), mandaçaias (M.mandacaia, M. quadrifasciata M.quadrifas-ciata anthidioides), manduri (M.asilvai), tubi (Scaptotrigona sp.), uruçu amarela(Melipona rufiventris), uruçu cinzenta ou tiúba (Melipona compressipes, canudo, tubuna, tubiba (Scaptotrigona spp.), etc.
Embora existam muitos criadores, a meliponicultura é ainda relativamente pouco praticada quando comparada à apicultura, principalmente nos estados do CE e PI. A razão é muitas vezes o ganho econômico, bem menor no caso da meliponicultura. Em alguns locais, como no polo Petrolina (PE)- Juazeiro (BA), o conhecimento tradicional da criação destas abelhas sem ferrão vem até se perdendo. A maioria dos meliponicultores nordestinos dedica-se à produção de mel, enquanto outras possibilidades (produção de colônias para venda, uso para na polinização, etc.) são praticamente inexploradas. A falta de capacitação faz com que muitos criadores mantenham suas colmeias sem manejo adequado, e extraiam mel ainda sem a aplicação das Boas Práticas de Fabricação. De forma geral existe muita informalidade na atividade, que por sua vez contribui apenas como renda adicional para as famílias. Por outro lado, os criadores tem se organizado cada vez mais em associações e/ou cooperativas, e tem buscado novos conhecimentos nos eventos técnico-científicos.
Além disso, entraves como a produção de rainhas in vitro e a legislação referente à qualidade dos méis das abelhas nativas, tem com boas chances de serem solucionados em médio prazo. De fato, avanços nos aspectos da biologia e manejo destas abelhas têm sido significativos nos últimos anos (Contrera et al., 2011).
Portanto, a meliponicultura só tem a crescer no NE, com perspectivas de se tornar uma atividade muito difundida e lucrativa.

Referências Bibliográficas
CONTRERA, F. A. L.; MENEZES, C.; VENTURIERI, G. C. New horizons on stingless beeke-eping (Apidae, Meliponini).
Rev. Bras. Zootecnia
, v. 40, p. 48-51, 2011 (supl. esp.).
CORTOPASSI-LAURINO, M. 2008. Estado da arte da meliponicultura no Brasil. In: XVIICongresso Brasileiro de Apicultura e III Congresso Brasileiro de Meliponicultura.
Anais ...
 2008. 
Belo Horizonte. 2008. CD ROM.IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; GONÇALVES, L. S.; DE JONG, D.; FREITAS, B. M.; CASTRO, M. S.; ALVES-DOS-SANTOS, I. & VENTURIERI, G. C. Abelhas e desenvolvimento rural no Brasil.
Mensagem Doce

Fonte: JornApis n. 6
Texto de: Márcia de Fátima Ribeiro¹ (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- EMBRAPA Semiárido)



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