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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Milhões de abelhas morrem em Artur Nogueira

Isadora Stentzler / Norton Rocha

Uma suspeita de envenenamento em uma criação de abelhas em Artur Nogueira pode provocar um colapso na produção de mel e seus derivados num raio de até três quilômetros. Além disto, parte da safra de laranjas e de outras frutas da região que dependem da polinização das abelhas podem ficar comprometidas. Ao menos cinco apicultores no município foram diretamente prejudicados com o ataque.
Dono da criação afetada, o apicultor Samuel Luizetti Pereira mora em Guarulhos e trabalha com abelhas desde criança. Ele vem para Artur Nogueira diversas vezes na semana há pelo menos 20 anos para cuidar da sua criação, localizada no bairro Sítio Novo, no sítio Campos Sales, próximo à Teka. Inconformado, o apicultor calcula os prejuízos, que correspondem a 70% da sua renda. As suas 41 caixas comportavam pelo menos quatro milhões de abelhas. Todas morreram.

“Trabalhamos apenas com animais selecionados e estava há mais de um ano criando estas abelhas para extrair o mel nos próximos dias”, afirma Pereira, que mesmo com todo o prejuízo, ainda se preocupa com os estragos que o ataque pode gerar em outras criações. “As abelhas da região acabam saqueando o mel contaminado e levando para o seu local de origem uma substância tóxica, possivelmente um inseticida”, explica o apicultor.
De acordo com a Lei 3605/98, “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização” é um crime contra o meio ambiente. A pena é de detenção de seis meses a um ano e multa.
As abelhas são as principais responsáveis pela polinização. Segundo site do Ministério do Meio Ambiente, elas fazem 73% deste processo que beneficia cerca de 80 % das espécies de plantas.
Esta atividade também ajuda na manutenção da biodiversidade do planeta, uma vez que é somente após a polinização que plantas formam frutos e sementes. Algo que interfere diretamente na diversidade de alimentos.

Clique no vídeo abaixo para mais informações:



FONTE: Nogueirense

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