A uruçu-do-chão (Melipona quinquefasciata) no Nordeste:
extrativismo de mel e esforços
para a preservação da espécie
extrativismo de mel e esforços
para a preservação da espécie
José
Everton Alves1, Breno Magalhães Freitas2, Luiz Wilson
Lima-Verde3, Márcia de Fátima Ribeiro2
1 - Curso de Zootecnia, Universidade Estadual Vale do Acaraú
2 - Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Ceará.
3 -
Departamento de Biologia, Universidade Federal do Ceará.1 - Curso de Zootecnia, Universidade Estadual Vale do Acaraú
2 - Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Ceará.
(Algumas partes deste trabalho foram retiradas, veja o original: http://apacame.org.br/mensagemdoce/85/artigo2.htm)
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Visando estudar o trabalho dos meleiros no extrativismo de mel da uruçu-do-chão
documentamos, por meio de anotações e fotografias, a escavação de um ninho
dessa abelha localizado no distrito de Juá, município de Viçosa do Ceará,
Estado do Ceará.
ESCAVAÇÃO DO NINHO

A escavação é iniciada com a introdução de um cipó ou graveto fino na entrada do ninho para servir de guia durante a remoção do solo, que é feita sempre ao lado do túnel de acesso das abelhas, seguindo o cipó. Este trabalho requer grande atenção porque o túnel que leva ao ninho possui muitas curvas e, quando menos esperamos, a escavação pode estar por cima da galeria que aloja o ninho. Isso faz com que o trabalho seja demorado, podendo levar horas removendo terra, cascalho e pedras, principalmente se o ninho estiver muito profundo.
Ao encontrar o ninho, o procedimento dos meleiros é retira-lo com todo o cuidado para em seguida separar os potes de mel e colocá-los em uma vasilha para o consumo, ou para uma oportuna venda do mel envasado. Há uma superstição entre os meleiros em que ao acharem uma rainha devem comê-la viva, pois isso torna a pessoa um eterno achador de abeia. Porém, em nosso trabalho, não permitimos o consumo de nenhuma rainha.
Durante o processo promovemos a demonstração aos nativos dos passos a serem seguidos para que os mesmos assim o fizessem daquele momento em diante, trocando o simples extrativismo pela tentativa de criação e preservação dos ninhos, já que a retirada de mel como é feita irremediavelmente leva à destruição das colônias.
CONCLUSÕES
O trabalho de extração do mel de M. quinquefasciata por meleiros caracteriza-se por ser árduo (usam as mãos para raspar a piçarra e arrancar pedras), cansativo e arriscado (trabalham dentro de um buraco quente e profundo, de 1m de diâmetro, durante 10 a 12h), nem sempre bem sucedido (podem trabalhar o dia todo e não ter sucesso em localizar o ninho ou obter quantidade satisfatória de mel), perspicaz (há de se ter experiência para não perder o conduto que leva ao ninho) e destrutivo (só retiram uma única vez o mel de um enxame e o destroem, impossibilitando a produção continuada de mel). Assim sendo, o desenvolvimento de técnicas de criatório racional desta abelha pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que exploram seus produtos, bem como contribuir para a conservação da espécie em seu habitat natural.
Fonte: Mensagem doce
CONCLUSÕES
O trabalho de extração do mel de M. quinquefasciata por meleiros caracteriza-se por ser árduo (usam as mãos para raspar a piçarra e arrancar pedras), cansativo e arriscado (trabalham dentro de um buraco quente e profundo, de 1m de diâmetro, durante 10 a 12h), nem sempre bem sucedido (podem trabalhar o dia todo e não ter sucesso em localizar o ninho ou obter quantidade satisfatória de mel), perspicaz (há de se ter experiência para não perder o conduto que leva ao ninho) e destrutivo (só retiram uma única vez o mel de um enxame e o destroem, impossibilitando a produção continuada de mel). Assim sendo, o desenvolvimento de técnicas de criatório racional desta abelha pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que exploram seus produtos, bem como contribuir para a conservação da espécie em seu habitat natural.
Fonte: Mensagem doce
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