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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Arqueólogos acham abelhas domésticas mais antigas do mundo

Abelhas mais antigas do mundo

REINALDO JOSÉ LOPES
As colmeias de 3.000 anos achadas 
em Tel Rehov (Israel). Para a Bíblia, Israel é “a terra onde corre leite e mel”. Não era só força de expressão: arqueólogos anunciaram ontem a descoberta das mais antigas colmeias com abelhas domésticas do mundo, no território israelense. A pesquisa está na revista científica “PNAS”.
 
A equipe liderada por Amihai Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, já tinha forte suspeitas de que os cilindros de argila achados em Tel Rehov (norte do país), no vale do rio Jordão, tinham servido para criar abelhas. Uma pequena abertura de um lado e uma tampa do outro sugeriam locais para a entrada dos insetos e para a manipulação dos favos.
Historia das Abelhas
Historia das Abelhas
Mas foi só agora, com a ajuda de um biólogo brasileiro, que a equipe conseguiu estudar em detalhe os restos de abelhas achados dentro de duas das colmeias. Tiago Francoy, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, explica que foi procurado pelos israelenses graças à sua colaboração com outro autor do estudo, o alemão Stefan Fuchs.
“Eu fiz parte do meu doutorado na Alemanha e desenvolvi um método para identificar espécies de abelhas com base apenas em pedacinhos da asa”, conta. As nervuras que dão sustentação às asas dos insetos formam um desenho típico, que é único de cada tipo de abelha, diz Francoy. “Como eles tinham esses fósseis, deram uma busca na literatura e viram que eu podia ajudar na identificação”, afirma o biólogo, que fez o trabalho usando fotos. “É uma pena, infelizmente não pude ir até lá para o trabalho”, brinca.
Com pouco menos de 3.000 anos de idade, as colmeias podem datar da época em que o rei Salomão governava as tribos israelitas ou ser um pouco mais recentes, quando o país tinha se dividido nos reinos rivais de Judá (no sul) e Israel (no norte). Apesar de antigas, elas sugerem que a criação de abelhas no Oriente Próximo pode ter uma origem ainda mais remota que a apicultura em Tel Rehov.
Isso porque Francoy usou o programa de computador que desenvolveu para identificar a subespécie de abelha criada lá, e os pesquisadores perceberam que o bicho provavelmente não era a subespécie nativa de Israel (a Apis mellifera syriaca), mas sim a que existe hoje na Turquia (a Apis mellifera anatoliaca).
abelhas na antiga
abelhas na antiga
“Pode ser que a distribuição das subespécies fosse diferente no passado, ou então a abelha criada lá foi trazida originalmente da Turquia”, diz ele. O transporte de longa distância da subespécie turca faz sentido porque ela é menos agressiva e produz mais mel do que a variante de Israel. Além do mais, os apicultores de Tel Rehov montavam suas colmeias no meio da cidade, provavelmente para proteger um recurso valioso, o que poderia causar problemas se os bichos saíssem do controle.
“Na verdade, não seria tão difícil transportar as abelhas. Não sabemos se, na época, eles sabiam que a rainha era a responsável por manter a colmeia funcionando. Nesse caso, poderiam transportar só a rainha. Também seria possível fazer algo que ainda é comum hoje: de noite, fecha-se a entrada da colmeia com um pano, para permitir a ventilação, e aí dá para carregar a colmeia por até uma semana”, afirma ele.
Ou seja, é provável que a domesticação tenha acontecido antes, talvez na própria Turquia. E mais: talvez houvesse um comércio constantes de rainhas ou colmeias de um lugar para o outro. Isso porque as rainhas turcas, caso se acasalassem com zangões de Israel, teriam menos chance de transmitir sua docilidade e produtividade às descendentes. Valeria a pena, portanto, continuar trazendo animais de fora.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dispositivo utiliza abelhas para detectar câncer e outras doenças




Um dispositivo criado por uma designer portuguesa utiliza a aguçada sensibilidade das abelhas para encontrar tumores e outras doenças graves no organismo humano. Por meio do novo aparelho, os insetos passam a dar complemento aos exames, identificando, ainda em fase inicial, as anormalidades na saúde das pessoas.

Desenvolvido pela designer Susana Soares, o dispositivo é composto por duas câmaras e conectado ao corpo do paciente submetido ao exame. Em um dos reservatórios, o cheiro exalado pelo organismo da pessoa é retido, e, no outro, ficam as abelhas prontas para entrar em ação: caso um odor desconhecido seja identificado, elas ficam perturbadas, voando em direções diferentes, o que explica a ocorrência das doenças.


As abelhas conseguem perceber as menores moléculas presentes no ar e são sensíveis às propriedades exaladas pelas glândulas apócrinas, que carregam as informações sobre a saúde do organismo. Segundo informou recentemente o site InHabitat, quando colocados no dispositivo, os polinizadores identificam todos os odores relacionados ao câncer de pulmão, câncer de pele e do pâncreas, assim como tuberculose.


O grande avanço sustentável para a descoberta de doenças foi apresentado na Dutch Design Week, um dos mais importantes eventos de design da Europa, realizado em Eindhoven, na Holanda. Ainda não há previsão de quando o equipamento passará a ser utilizado nos hospitais e laboratórios, mas, em algumas partes do mundo, as abelhas já vêm sendo incorporadas em biosensores, durante a execução de exames específicos.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dica de Leitura: SÉRIE MELIPONICULTURA - N° 07


Este livro tem como objetivo aprofundar conhecimentos sobre biologia da Melipona asilvai, popularmente conhecida como Manduri, bem como as técnicas de manejo que são utilizadas para a sua criação racional. Trata-se de uma produção do grupo INSECTA, organização que foi criada em 1992 por docentes e estudantes da então Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).


O livro está gratuitamente disponível pelo link: 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Campanha "BEE OR NOT TO BE" Site: http://www.semabelhasemalimento.com.br/

COMO POSSO AJUDAR a salvar as abelhas?
                                                                                                                        

ASSINE A PETIÇÃO EM PROTEÇÃO ÀS ABELHAS
colabore assinando e divulgando nossa causa.

PLANTE E CULTIVE FLORES
Plante em sua casa, nos parques e bosques de sua cidade, espécies da flora apícola; flores com pólen e néctar fornecem o alimento natural das abelhas.

CONSUMA PRODUTOS ORGÂNICOS
Prefira produtos orgânicos: eles não contêm agrotóxicos.

NÃO UTILIZE PESTICIDAS
Não utilize pesticidas que sejam tóxicos às abelhas, particularmente os sistêmicos (neonicotinoides); dê preferência ao controle biológico de pragas.

TENHA UMA COLMEIA EM CASA
Cultive uma colmeia de abelhas sem ferrão em seu jardim - um movimento cada vez mais universal, e de ampla recomendação para os amantes da natureza. Informe-se no site da campanha.

PROTEJA AS ABELHAS COM ATENÇÃO
Proteja os ninhos, enxames e os hábitats das abelhas. Quando tiver uma situação de risco, chame um apicultor ou o corpo de bombeiros para retirar os enxames de abelhas com ferrão.

SEJA INTELIGENTE
Seja um consumidor consciente, buscando empresas que preservam a natureza e a causa das abelhas.

PLANTE DE FORMA SUSTENTÁVEL
Desenvolva práticas agrícolas ecológicas, que se apoiem em conceitos de sustentabilidade.

PRESERVE A NATUREZA
Plante corredores de flora apícola entre as culturas, principalmente nas áreas de monocultura, e aumente a biodiversidade nos campos de cultivos.

QUESTIONE SOBRE O PROBLEMA

Questione as autoridades sobre o problema do desaparecimento das abelhas (CCD) e como elas irão atuar e se posicionar a respeito.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

CALDEIRÃO DO HUCK: PRÊMIO JOVENS INVENTORES (tema:conservação de alimentos com cera de abelha)


A fruta do faraó



De apodi no interior do rio Grande do Norte, Jociel, Geraciano e Huquembera, com a ajuda da professora Gidélia, trouxeram sua invenção chamada "A fruta do faraó". Preocupados com a falta de chuva na região, que já dura três anos, eles desenvolveram uma tecnica com cera que ajuda na conservação de frutas.




 Esses estudantes descobriram a partir de pesquisas centradas na história do faraó, um conservante natural para frutas que é a cera; isso ocorreu quando descobriram que o significado de múmia é cera e que o faraó chegava a trocar uma barra de ouro por cera, então despertaram a curiosidade, pois se a cera já foi encontrada em sarcófagos datados de mais de 15 mil anos atrás, por ser usada para conservar os corpos, poderia também ser usada para conservar frutas.

O Revestimento para frutas a base de cera de abelha proporciona  uma maior durabilidade a estas.  Segundo os três rapazes que desenvolveram a pesquisa, as frutas com o revestimento duram até 2 meses em temperatura baixa, mas em uma temperatura de mais ou menos 35°C duram em torno de 40-45 dias, dependendo da fruta. Sendo portanto um resultado relevante.

Fonte:http://tvg.globo.com/programas/caldeirao-do-huck/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

JornApis n.9

Cera artificial utilizada na confecção de potes para abelhas sem ferrão.


A cera é muito importância  para as melíponas, quem trabalha com multiplicação de enxames principalmente, sabe que sem ela não é possível a formação de novos enxames, também quem trabalha com mel, sabe que sua falta interfere diretamente na produção. 

A Apis, com suas milhares de abelhas por enxame, preenche de favos uma colméia inteira em pouquíssimo tempo. Mas as melíponas com bem menos indivíduos, na natureza levam ate anos para preencherem de favos (potes) uma colmeia, com sua própria cera, por isso esta é reutilizada. 


Por a cera ser um fator limitante, no desenvolvimento de uma colônia, a pratica aqui citada é de fundamental importância para o meliponicultor manter suas colônias fortes.




As abelhas aceitaram a cera Artificial e aproveitaram a estrutura, feita artificialmente. Essa técnica é excelente, para o rápido desenvolvimento dos enxames. Se assemelha com a pratica de colocar cera alveolada para Apis, mas no caso das Meliponas são utilizado potes.


Receita:

•    Cera de Apis
•    Própolis da melípona que vai receber a cera artificial.
•    Óleo vegetal (óleo de comida).

Medidas:

Para cada 1 kg de cera de Apis, coloque 100 ml de óleo vegetal e 100 a 150 gramas de própolis da melípona que vai receber.

Coloque tudo em banho Maria a cera, oleo e a propolis, quando tudo estiver em estado liguido, baixe o fogo para não aquecer demais a mistura.

Ao iniciar a confecção dos potes, comece a mexer a cera e só pare quando terminar, evitará que o óleo ou a própolis fique mais concentrado em um lugar do que em outro, a mistura deve ficar homogenia. 
Para fazer os potes usam-se bastões de madeira, mergulhe na mistura e mergulhe em água fria ela se solta naturalmente.

Se quiser poderá utilizar tabuas para fazer folhas, que podem ser usadas para envolver crias, reduzir espaço em colméias maiores etc. as folhas assim como os potes ficam fáceis de serem trabalhados pelas abelhas.


Fonte: http://abelhasdosabugi.blogspot.com.br/2010/09/cera-artificial-para-meliponas-potes.html

Comissão Europeia

Saúde das abelhas: restrições à utilização de pesticidas entram em vigor em 1 de dezembro em toda a UE


Uma restrição à utilização de três pesticidas pertencentes à família dos neonicotinóides foi hoje adotada pela Comissão. Estes pesticidas (clotianidina, imidaclopride e tiametoxame) foram identificados como sendo prejudiciais para a população de abelhas na Europa. Esta restrição entrará em vigor a partir de 1 de dezembro de 2013 e será revista, o mais tardar, no prazo de dois anos. Tem como alvo os pesticidas utilizados no tratamento de plantas e cereais que atraem as abelhas e os polinizadores.



A acção da Comissão é uma resposta a (EFSA) relatório científico da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia que identificou " altos riscos agudos " para as abelhas que respeita à exposição à poeira em diversas culturas , como milho , cereais e girassol, ao resíduo em pólen e néctar em culturas como colza e girassol e gutação em milho.


A restrição aplica-se a estes três pesticidas para o tratamento de sementes, aplicação no solo (grânulos) e tratamento foliar de plantas e cereais (com exceção dos cereais de inverno) que atraem as abelhas. As restantes utilizações autorizadas estão disponíveis apenas para profissionais. As exceções limitar-se-ão à possibilidade de tratar culturas que atraem abelhas em estufas e em campos ao ar livre apenas após a floração.