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domingo, 3 de novembro de 2013

Abelhas usam ‘piloto automático biológico’ para aterrissar, diz estudo 

Mecanismo permite calcular velocidade a partir de aproximação do objeto.

Cientistas querem desenvolver sistemas de aterrissagem de robôs aéreos.

            Para abelhas, velocidade é proporcional à distância(Foto: AFP Photo/Philippe Huguen)     

Brisbane, Austrália. As abelhas possuem uma espécie de piloto automático biológico que permite aterrissar sem problemas, concluiu um estudo divulgado nesta terça-feira (29/10) na Austrália, que analisou essa habilidade nos insetos com o objetivo de desenvolver novos sistemas de aterrissagem em robôs aéreos.

O neurocientista australiano Mandyam Srinivasan, da Universidade de Queensland, e sua equipe analisaram a habilidade das abelhas de aterrissar com precisão, que têm um cérebro do tamanho de uma semente de gergelim e não possuem uma visão binocular.
Os cientistas utilizaram câmeras de alta velocidade para gravar as aterrissagens das abelhas em suas colmeias e posteriormente calcular as diferentes velocidades utilizadas em pontos distintos da trajetória aérea.
Ele explicou que quando uma pessoa vai em direção a um objeto, ele vai se parecendo maior. E quando o movimento de aproximação é feito a um ritmo constante, o objeto vai aumentando a uma velocidade cada vez maior e em um ritmo exponencial conforme se aproxima do item.
Mas as abelhas não permitem que isso aconteça porque ajustam a velocidade reduzindo-a à medida que se aproximam do objeto e fazem com que a velocidade seja proporcional à distância do ponto de aterrissagem. “E, se a distância é duplicada, as abelhas aumentam na mesma proporção sua velocidade de aproximação”, acrescentou o cientista ao enfatizar que esse mecanismo é como um “belo piloto automático”.
Os cientistas tentam aplicar os dados para desenvolver sistemas de aterrissagens para aparelhos voadores autônomos que não dependam de radares ou sonares.

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