Produção de Rainhas de Apis mellifera
A produção de rainhas traz vários benefícios para o
apicultor, pois rainhas novas produzem mais ovos, tem maior controle sobre as
operárias evitando a enxameação; facilita o aumento da quantidade de colônias dos
apiários além de possibilitar uma outra fonte de renda que é o comércio de
rainhas.
Existem duas maneiras de se produzir rainhas, que são a
puxada natural e pela transferência de larvas. Para cada uma destas maneiras conhecem-se
vários métodos.
Para se produzir pela maneira da puxada natural o apicultor
precisa eliminar a rainha de uma colônia forte e aguardar para que as operárias
construam as realeiras. A partir do nono dia o apicultor deve retirar as
realeiras dos favos e transferi-las usando-se um protetor West para as colônias
que estão necessitando da troca de rainhas.
O método artificial Doolittle tem-se mostrado como o método
que possibilita a produção de grande quantidade de realeiras. Neste método o
apicultor deve dispor de uma colônia recria, a qual abrigará a produção de rainhas
em realeiras construídas a partir de cúpulas artificiais. Estas receberão
larvas, com até o terceiro dia de vida larval, transferidas de um favo de uma
colônia para as cúpulas usando-se uma agulha de transferência. As cúpulas podem
ser de cera ou plástico e também de várias cores.
Para a obtenção de melhores resultados, o apicultor deve ter
o cuidado de não machucar as larvas com a agulha, pois poderá matá-las ou
prejudicar consideravelmente o seu desenvolvimento depois da transferência. Em seguida
as cúpulas serão fixadas em um quadro porta cúpulas que será inserido em uma
colmeia recria, com ou sem rainha.
Sem rainha, tem-se a maior possibilidade de aceitação das
larvas transferidas, mas se o apicultor optar por não excluir a rainha, ele
deverá usar uma tela excluidora para separar a rainha do quadro porta cúpulas.
Com ou sem rainha, a recria tem que ser bastante populosa.
Para a manutenção da elevada população da recria sem rainha,
o apicultor deverá usar outras colônias para fornecer favos de cria fechada e
pólen. O apicultor pode ainda optar pelo uso de recrias menores como as
mini-recrias, pois estas têm o manejo mais fácil em relação às outras e
necessitam de um número menor de colônias apoio para a sua manutenção (SILVEIRA
NETO, 2011).
Nove dias depois de introduzido o quadro porta cúpulas na
recria, o apicultor deverá engaiolar as realeiras para que as rainhas já nasçam
presas (Fig.1). O destino das rainhas o produtor é quem vai decidir.
Portanto, a produção de rainhas é fácil de ser obtida,
bastando o apicultor seguir rigorosamente o cronograma de atividades e ter os
devidos cuidados para obter índices adequados de aceitação das realeiras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CSMEL, 2013. Ata
da Reunião Extraordinária da
Câmara Setorial do
Mel na Secretaria
do Desenvolvimento Agrário (SDA), em
7 de janeiro de 2013. Disponível
em:
<http://www.adece.ce.gov.br/phocadownload/Atas_Reuniao/mel/ata_reuniao_extraordinaria_2013-01-07.pdf>.
Acessado em: 06/04/2013.
DOOLITTLE,
G. M. Mr. G. M. Doolittle's queen rearing methods. American Bee Journal, v. 39,
n. 28, p. 435-436, 1899.
TOFILSKI,
A.; CZEKONSKA, K. Emergency queen rearing in honeybee colonies with brood of
known age. Apidologie, 35: 275 -
282p, 2004.
SILVEIRA NETO, A. B.
Avaliação de Quatro Métodos de Produção de Geleia Real e Rainhas de Apis mellifera no Estado do Ceará. Fortaleza - CE, 2011. 77
f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Ceará – UFC. Aprovado em 04 de julho de 2011.
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Fonte: JornApis, n.7
Autor: João Paulo de Oliveira Muniz (E-mail:
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Fonte da imagem: http://www.youtube.com/watch?v=JLJFqRJCIh4 / Por: Raimundo Maciel